jueves, 2 de febrero de 2012

"Considero a vida uma estalagem onde tenho que me demorar até que chegue a diligência do abismo. Não sei onde me levará, porque não sei nada. Poderia considerar esta estalagem uma prisão, porque estou compelido a aguardar nela; poderia considerá-la um lugar de sociáveis, porque aqui me encontro com outros. Não sou, porém, nem impaciente nem comum. Deixo ao que são os que se fecham no quarto, deitados moles na cama onde esperam sem sonodeixo ao que fazem os que conversam nas salas, de onde as músicas e as vozes chegam cómodas até mimSento-me à porta e embebo meus olhos e ouvidos nas cores e nos sons da paisageme canto lento, para mim só, vagos cantos que componho enquanto espero.”

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